São. Toda a gente acusa os políticos de se aproveitarem do futebol e vice-versa. Mas afinal de contas, ambos são iguais. Aliás, são tão idênticos que já houve pessoas que foram líderes de Cãmaras Municipais e de clubes de futebol em simultâneo. Alguns deles, até tiraram dinheiro de um lado, para injectar noutro (agora adivinhem de onde tiraram o dinheiro e onde o colocaram). Baralharam-se... coitados. Não têm culpa de lhes impingirem dois cargos.
Quando Manuel Vilarinho, ex-presidente do Benfica, se aproximou do PSD, foi um escândalo nacional. O homem não fez nada que os outros não fizessem.
Porém, a maior semelhança prende-se na forma como se demitem os presidentes de certos partidos. As pessoas que ocupam este cargo são uma espécie de treinadores. Quando perdem eleições, toca a mudar de presidente (no caso dos partidos da direita. Os da esquerda é o secretário-geral). O partido do Governo é uma espécie de FCP. Não há problemas nenhuns. E a mudança de líder deve-se apenas ao facto de terem ultrapassado o prazo de validade. Outros passaram e não descolam do lugar. Já a oposição podemos comparar ao Glorioso e o SCP. Mudam treinador e não resolve nada.
Resumindo: futebol e política agem da mesma maneira. Quando a bola ou voto não entram, todos ralham e ninguém tem razão... é Portugal e basta.