Quando queremos escrever e não temos ideias, o melhor que temos a fazer é simplesmente não escrever. Mas há sempre a hipótese de escrevermos à espera que leve a algum lado. Se isso não acontecer, vamos "enchendo chouriços" até acharmos que o texto está mais ou menos extenso. É o mesmo que pôr um automóvel a trabalhar. Quando não vai pela ignição, pomo-lo a deslizar, até começar a funcionar.
Eu era miúdo quando andava na escola primária (Uau... brilhante!!!) e não gostava muito de fazer composições. E então quando a professora nos mandava fazer uma composição acerca do nosso fim-de-semana, era mesmo um martírio. Tinha que escrever invariavelmente a mesma coisa. Se fosse hoje em dia, seria muito mais simples. Fazia fotocópias com o scanner e mudava-lhe uma ou outra palavra (caso não reparassem, continuo a "encher chouriços").
Fazia um esforço enorme para completar dez linhas de uma folha A5. Para mim, fazer dez linhas era o mínimo exigível, nem que para isso tivesse que fazer... dez parágrafos.
Aparentemente, continuo com a mesma dificuldade em embrulhar um texto. Vou esticando o texto até ver onde chega. Por falar nisso, já tenho treze linhas e não fiz treze parágrafos. Também vinte anos depois, tinha que conseguir escrever duas linhas seguidas.
P.S.: Mais uma pequena acha para "a fogueira dos chouriços": o nosso Primeiro-Ministro quer criar balcões próprios nos locais públicos para atender os deficientes. O homem não deve estar a ver bem o problema. Um deficiente que se preze, quer igualdade e não discriminação... digo eu.