Na Quarta-feira passada, fomos ao Teatro ver a peça "Os herdeiros da Lua de Joana", baseada no Livro "A lua de Joana". É muito comovente e também é um grande apelo à consciência de todos. Mas depois da peça de teatro, comecei eu a fazer o meu próprio "teatro".
Como combinado, a carrinha foi buscar-me ao Teatro. Ao entrar para a carrinha, a motorista disse-me que no dia seguinte iria trazer-me ao curso mas que eu teria que ficar no Lar do Centro, pois não faria a viagem de tarde porque eu era o único que teria aulas (efeitos da greve). Aqui começou a "engenharia" do meu plano. O objectivo era simplesmente não ter que ficar no Lar e também não faltar a nenhum dia da Formação.
O raciocínio foi simples: como ela vinha trazer-me num dia e buscar-me no outro, a primeira coisa a fazer era passar a viagem do dia seguinte em que ela ia buscar-me para de manhã.
O passo seguinte era convencer o meu pai a ir buscar-me nos dois dias de greve. Cheguei a casa, falei com ele. Como tem um "coração de ouro" (tem dias), não disse que não. Resumindo, o plano armado em menos de meia-hora era somente isto: a carrinha da Fundação levava-me para o Funchal e o meu pai trazia-me. Resultou em pleno. Eu sei que podia ter ficado no Lar, mas naquele momento não era uma ideia muito apetecível.
Foi um plano genial, eu sei mas foi o possível com tão pouco tempo para pensar. Se todos os planos fossem feitos assim, o mundo estava perdido.
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