O mundo já não é o que era e o Festival da Eurovisão também não. Era conhecido por ser a festa da música popular europeia. Bem, pelos vencedores de ontem, toda a gente vê que a música popular "morreu". "Hard Rock" no festival não lembra a ninguém. Ainda para mais sendo vencedor esmagador.
Passando ao vestuário usado por alguns concorrentes, há com cada um que só dá vontade de se desmanchar à gargalhada. Começando mesmo pelas "nossas" NonStop, o vestuário dava-nos a sensação de estarmos no canal Playboy. Com aquela roupa e a pena na cabeça, só me lembrava das famosas coelhinhas que tanto alegram o povo masculino. Para completar o quadro, a concorrente islandesa também tinha uma roupa muito jeitosa. A primeira coisa que me lembrei foi isto: "Foram embora as coelhinhas, agora vem a Coelha-mor".
A vestimenta usada pela concorrente croata também não era nada má. Tinhamos uma visão privilegiada sobre o que era um belo par de pernas. A coreografia proporcionava-nos esse momento de regozijo, pois ela tinha que levantar as pernas devido à dança folclórica.
Os próprios vencedores pareciam saidos da saga "Guerra das Estrelas". Às tantas, ajudou à vitória. Pelo menos assim ninguém se esqueceu deles e de lhes dar os pontos necessários à vitória.
A concorrente ucraniana era ideal para servir de modelo ao novo logotipo da Google. Tinha um belo par de "airbags" que podiam servir de letra "O" no motor de busca. Claro que este tipo de visão só foi possivel devido ao seu magnífico decote.
A terminar, "The last but not the least" os concorrentes lituanos também marcaram a diferença. Não tanto pelo vestuário, mas mais pela música. Tinha um título muito sugestivo: "We are the winners of Eurovision". A letra é que era um pouco repetitiva. Tirando o refrão que era igual ao título, o resto não passava de "Vote for the winners". Quem fez a letra da música certamente inspirou-se no nosso Mourinho. Antes de entrar em campo, já é vencedor. Há quem chame confiança a esse tipo de comportamento. Pessoalmente, considero arrogância. Cada um sabe de si.
Para concluir mesmo, fiquei imensamente surpreendido ao ver a Kate Ryan dar-se a uma humilhação de nem ter sido apurada para a final. Será que ela precisava de passar por isto? Pensava eu que ela tinha uma carreira firmada no mundo da música... aparentemente não.
A concorrente sueca Carola "qualquer coisa" (não me lembro do apelido), também ainda deve andar à procura de alguém que a lance a sério no mundo musical. Participou em dois festivais com um intervalo de 14 anos. Durante este tempo, possivelmente andou perdida no país à procura de uma mão (ou editora discográfica) amiga.
Resumindo, a participação lusa acabou por ser muito coerente. Primeiro, cantou em inglês como todos os outros. Segundo, não fugiu ao habitual triste Fado português. Antes era ficar em último. Agora com a eliminatória, já não passamos essa vergonha. Somos logo eliminados nessa mesma eliminatória.
P.S.: O Festival da Eurovisão já nem devia ter música. Primeiro porque já ninguém canta na sua língua. Depois porque os pontos são atribuídos pelas amizades entre países e não pela qualidade das canções.