Que o nosso Papa era conservador, nós já sabiamos. Mas estes novos pecados são muito interessantes e demonstram esse mesmo conservadorismo ao extremo. Eu até entendo esse "novo" conceito de pecado. Quem lê jornais, navega na Internet e vê televisão, realmente tem pouco tempo para orar. Só que há um pormenor. Não é apenas isso que tira tempo às pessoas. Há muito mais coisas e seguindo a lógica, tudo o resto é pecado. Desde que não estejamos a orar, tudo o que estejamos a fazer, é pecado. Mas deve ser interessantíssimo uma confissão com estes novos pecados. Eu por exemplo teria que dizer que cometo três pecados em um. É verdade, por vezes estou na Internet a ler jornais e a ver televisão. Não sei qual é a penitência para este tipo de pecados. Só espero que seja leve, pois sempre ouvi dizer que "à dúzia é mais barato". O Bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira também já disse que deve ser um dos maiores pecadores com estes novos "crimes" na lei Católica. Ele disse que via muita tv, lia jornais e navegava muito na "rede mundial". Se um membro da Igreja diz isto, então nós também temos direito a pecar, não? No entanto, há algo que não ficou muito claro. A partir de que tempo é que passa a ser pecado? É que se soubéssemos, sempre poderíamos fazer qualquer uma das actividades com um cronómetro para medir o tempo, para não excedermos o limite permitido. Desde que o limite seja pelo menos de 90 minutos, não me importo. É que tem que dar tempo para ver um jogo de futebol completo. O problema é quando há prolongamento e grandes penalidades. Mas isso resolvia-se com uma multa por excesso de consumo de meios audiovisuais. Quando se excede temos que pagar. Nem que seja com dinheiro. A Diocese também agradece...
