Ir a uma consulta externa no Hospital Central do Funchal é uma autêntica aventura e então se for à segunda-feira é algo surreal. Os Bombeiros vieram buscar-me a mim e uma senhora com a bonita idade de 91 anos. Chegados lá, não havia cadeira de rodas. É normal acontecer, especialmente a quem chega tarde. Pois bem, eu até tive sorte, "só" esperei cerca de 20 minutos dentro da ambulância. Veio uma cadeira que só tinha um suporte para pôr os pés. Como sou paraplégico, não dá jeito nenhum, pois tenho que segurar os pés e alguém empurrar a dita cadeira (ou então fazer o pino na cadeira). Quanto à senhora de 91 anos, esperou "apenas" mais um pouco, cerca de 90 minutos (tempo suficiente para dormir uma bela sesta) até que aparecesse uma cadeira. Pensava eu que pior não podia ficar o cenário, enganei-me redondamente. Quando estava à espera de transporte para vir para casa, colocaram-me numa cadeira de plástico (como eu era mais leve saíu-me a "fava" a mim) porque precisavam da cadeira para outro (im) paciente. Depois tive que ser transportado para a ambulância ao colo por um bombeiro. Acho que já tenho idade suficiente para não andar ao colo daquela maneira. Resumindo, o serviço de consulta Externa é uma miséria. Podia ser minimizado este problema, com a compra de cadeiras de rodas minimamente apresentáveis, mas como isso não implica betão e inaugurações, o problema arrasta-se e ninguém faz nada. Por isso proponho que tentem resolver o problema que quanto à inauguração os pacientes farão por sua conta, deitarão foguetes se necessário, pois só o simples facto de serem bem tratados, será motivo de orgulho.
Quem ler isto, certamente ficará a pensar que cada vez que saio à rua, encontro defeitos em tudo. Eu apenas denuncio o que na minha opinião está mal, apenas isso.
Quem ler isto, certamente ficará a pensar que cada vez que saio à rua, encontro defeitos em tudo. Eu apenas denuncio o que na minha opinião está mal, apenas isso.