Quarta-feira, 27 DE Junho 2007

Sete semanas é muito tempo. Então se for "amarrado" a uma cama é uma eternidade.

Pois bem, foi isso mesmo que me aconteceu. O tratamento à fractura da perna acabou por ser conservador, ou seja, estive 46 dias com uma tracção amarrada à perna fracturada com o intuito do osso "colar" por sua conta. Mas durante este período, como seria de esperar, muita coisa aconteceu. Tive de tudo, momentos divertidos e outros nem por isso.

Como habitualmente se diz, guardamos os bons momentos e esquecemos o resto. Infelizmente comigo isso não funciona, já que inconscientemente guardo tudo, seja bom ou mau.

Contudo, os bons sobrepõem-se aos maus. Começando pela cena que acabou por marcar a minha relação com a Sra. Enfº. Carmo.

Tudo aconteceu no dia 9 de Maio. Era o dia em que alegadamente eu iria ser submetido a uma intervenção cirúrgica na perna fracturada. Tudo apontava para isso, pois no dia anterior tinha feito os exames habituais (Radiografia ao tórax, electrocardiograma e análises sanguíneas) numa situação assim. Até o meu jantar apontava para isso, pois comi apenas uma sopa.

Mas havia algo que contrariava isto tudo. A reacção da anestesista ao analisar-me, era mais que óbvio que não iria ser operado devido à minha condição respiratória. Mas como no dia da operação, estava em jejum, cheguei a pensar que tinham conseguido alguma maneira de operar-me. Até que... chegou o Dr. Fernando e desfez as dúvidas que eu afinal nunca tive. Preparei-me mentalmente para o tempo que teria que ficar ali na cama. Até que chegou a Sra. Enfª. Carmo e deu o bom dia, como era natural. Como eu estava ainda a recuperar da desilusão de não ser operado, apenas lhe disse: "Só se for para si, que o meu está estragado". Ela foi embora e a partir daí, a nossa relação nunca mais foi a mesma. Ela passava o tempo a implicar comigo, mas tudo em tom de brincadeira. O Serviço todo de Ortopedia B soube da cena. Ela até me confidenciou que no momento em que lhe respondi azedamente, até lhe apeteceu rir, mas segurou-se e foi embora.

Depois de saber que tinha alta, fui procurá-la pelo serviço. Encontrei-a e dei-lhe bom dia. Ela respondeu (apesar de já me ter dito nesse dia). Eu respondi-lhe: "Só se for para si, porque o meu é óptimo. Vou embora hoje." . Ela marcou a minha estadia naquele Serviço, mas tenho quase a certeza que eu também a marquei, quanto mais não fosse pelo "Bom dia" especial. Foi tratamento VIP.

publicado por Zé Luís às 16:00
Segunda-feira, 18 DE Junho 2007

Pois bem, voltei quase dois meses depois de ter escrito o meu último post.

A vida nem sempre é como nós queremos (e desta vez não foi mesmo como eu queria). Um acidente "atirou-me" para o hospital durante 7 semanas. Uma fractura no fémur esquerdo colocou-me 46 dias agarrado (literalmente) a uma cama.

Mas começando pelo início, a data de 26 de Abril de 2007 é mais uma para o meu longo historial de datas que não esqueço (sejam elas boas ou más).

Depois de receber a boa notícia que haveria a possibilidade de colaborar com a empresa onde estagiava, fiquei feliz da vida. Felicidade essa que durou pouco, pois no trajecto que fazia habitualmente para casa, a carrinha fez uma travagem muito forte quase em cima de uma passadeira, o que levou a que eu caisse da cadeira de rodas. Com o impacto, acabei por fracturar a perna esquerda (coisa que acabei por me aperceber quase de imediato). Tomei consciência imediata do que me esperava nos tempos seguintes.

Fui para as Urgências do Hospital Central do Funchal, onde foi feita a radiografia e tive a confirmação do "meu" diagnóstico a olho nú. Fui atendido pelo médico do meu clube, Dr. Fernando Silva (ironia do destino) e acabei por ser internado no serviço de Ortopedia B.

Logo ao chegar, foi-me colocada uma tracção na perna para mantê-la esticada e direita. Isto sempre sem dores nenhumas. Por incrível que pareça, nunca cheguei a ter dores. Mas nesse mesmo dia à noite, depois de falar com a família por telemóvel, comecei a sentir-me mal com suores frios e tonturas. Ao medirem a tensão arterial, detectaram os "incríveis" valores de 6/4. A Sra. Enfermeira Paula e a Sra. Enfermeira Nélia foram impecáveis nesse momento. Salvaram-me desta situação bem complicada, sempre com a supervisão do Dr. Fernando Silva

Segundo o médico, deverá ter sido uma reacção do organismo à fractura do fémur.

Este foi o início de um longo "calvário". Mas nem tudo foi mau...

publicado por Zé Luís às 09:43
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