Certamente toda a gente deve ter passado por esta situação, pelo menos uma vez na vida (para não dizer uma vez em cada minuto). Caso houvesse um "aparelhómetro" qualquer que lesse a mente humana, havia de ser divertido (ou não) ver o que vai em certas cabeças "iluminadas" do nosso país. Os políticos seriam alvo das mais variadas piadas (como se já não fossem neste momento). O que valeria é que pelo menos ficariamos a saber o que pretendem fazer de nós portugueses. Eu tenho a impressão que os nossos políticos estão à espera (tal como a maioria de nós) do D. Sebastião (onde andará ele, a família deve estar preocupada por nunca mais ter aparecido). Voltando ao "aparelhómetro" (se existisse) devia ser obrigatório em casamentos, julgamentos e discursos de políticos (vá-se lá saber o porquê de ser nestas três situações). Contudo parece-me óbvia a razão. Nos casamentos, na hora do "sim", muitos querem dizer "não". Quer dizer, até podem estar a dizer a verdade, mas o que "hoje é verdade, amanhã é mentira". Nos julgamentos é onde se "mente" mais (pelo menos tenho essa opinião). Quanto aos discursos políticos, havia de ser giro um político qualquer a discursar: "Caros portugueses, prometo não aumentar os impostos se for governo e prometo criar mais emprego". O "aparelhómetro" mostraria a verdadeira versão deste discurso e que seria: "Portugueses de uma figa, prometo não aumentar a vossa qualidade de vida. Quanto ao emprego, aumentará certamente para os meus tios, primos e demais família". Porém, não vale a pena aumentar o nosso défice a tentar criar uma "engenhoca" destas porque a tradução destes discursos, qualquer pessoa minimamente inteligente é capaz de fazer. E estamos tão bem assim a tentar imaginar o que os outros pensam, não é?