Dizem que a política e futebol têm que ser separados, nada mais errado. Estes dois factores de mobilização da nossa sociedade têm que continuar de mãos dadas. É a forma de muitos homens da nossa sociedade ficarem conhecidos pela eternidade fora como homens que "pediram emprestado" algum dinheiro às câmaras municipais para alimentarem clubes locais e jogadores estrangeiros, o que não faz muito sentido (os nacionais também são ajudados por câmaras mas de uma maneira mais subtil e escondida). Se são locais, deviam ter uma maioria significativa de jogadores da zona do clube, ou não? O argumento para os presidentes de Câmara serem também presidentes de alguns clubes é sempre o mesmo, ou seja não há ninguém capaz de administrar duas instituições tão importantes, por isso lá o homem "faz o sacrifício" de ganhar dois ordenados. Verdade seja dita que muitos são dirigentes de clubes por pura carolice, mas outros não se inibem de tirar a sua parte e depois dizem que as finanças do clube estão debilitadas. Tem bom remédio, não roubem tanto. Verão que o futebol irá endireitar-se.