Isto começa ao estilo da música do Mário Mata. No sábado passado, pegámos no cão, no gato e no periquito e lá vamos todos até "ao fim do mundo" para vermos um jogo de futebol histórico (lá que teve uma grande história para mim, lá isso teve), segundo os jornais regionais. Metemo-nos ao caminho. Eu, a minha mãe, a minha irmã e uma outra passageira (mistério!!!). Saímos de casa por volta das 13h30m, pois a minha mãe pensava que iria muito mais devagar e não chegariamos a tempo. A viagem correu sem problemas de maior. O único problema foi o caso de ficarmos meios baralhados e não sabermos ao certo em que desvio da via rápida haviamos de sair, mas lá acertámos. Chegados lá, faltava cerca de 90 minutos para o início do jogo. Estivemos a "encher chouriços" dentro do carro, já que a temperatura na rua era um pouco desagradável (basta dizer que estávamos a 800 m de altitude). A temperatura no local do jogo era de 14ºC às 15 horas da tarde, a mesma que nós tinhamos cá em casa às 20 horas. Esperamos cerca de 45 minutos dentro do carro. Lá decidimos sair e procurar a maneira de chegar ao campo onde ia decorrer o jogo. Estávamos a dirigir-nos para a entrada, aparece-nos uma mulher a indicar-nos onde era a bilheteira. Era uma coisa extraordinária, pois a bilheteira funcionava dentro de uma carrinha. Comprámos os bilhetes (eu não paguei, pelo menos isso). Continuamos pelo complexo desportivo dentro e vimos que o campo de futebol ficava no cimo de uma escadaria. Nem ligámos, pois pensámos que haveria outra entrada. Continuámos e vimos uma rampa que tinha uma corrente atravessada, mas que estava baixa. Partimos do princípio que poderiamos passar, quando nos aparece um funcionário a dizer-nos que o único meio para chegar ao campo era através da grande escadaria. Ficámos estupefactos, pois afinal não havia condições para os deficientes assistirem a um jogo. Voltámos para trás e a minha mãe lá andou a ver se aquela era mesmo a única maneira de chegar ao campo. Infelizmente, das permitidas, era a única. No momento em que eu já me convencia que não poderia ver o jogo, aparece um jornalista da Antena 1-Madeira (um senhor chamado David Sousa e a quem agradeço) e pergunta-me se eu não podia ver o jogo. Respondi-lhe que era a primeira vez que lá ia e nem sabia por onde havia de entrar. Ele decidiu ir ver a situação, pouco depois aparece um dirigente do União (o sr. Marcelo a quem também agradeço) que me encaminhou através do acesso por onde não podiamos subir. Colocou-me em lugar privilegiado onde pude ver o jogo sem problemas. Ele também me disse que caso o meu irmão tivesse avisado que nós iamos, eu não teria tido tantos problemas. Mas acabou tudo em bem (tudo em bem não, caso o meu irmão tivesse marcado o golo no primeiro minuto, seria perfeito) e o que vale é que o União ganhou o jogo. Ir à Camacha tornou-se uma "aventura" bem sucedida.